nenhuma voz conhece o amor melhor do que o próprio Amor.
nas cordas silenciosas do tempo
ressoa nos ossos da noite
quem compreende a ausência
sabe que ela também canta
quem lê o que não se vê
escuta...
o vento arqueia dunas
o rio molda margens sem perguntar
o fôlego precisa ser contínuo
o amor não se anuncia
é sussurro de estrelas
num céu que nunca se entrega por inteiro
só quem entende o que não foi dito
constrói a própria clave
no compasso do silêncio
nessa espiral onde o som respira
antes da palavra
tudo é partitura para quem lê
o que não se vê
Nenhum comentário:
Postar um comentário