(para ser lido entre risos e chamas)
estou parva
com a falta de interpretação —
as metáforas gritam, mas os olhos… cochilam.
será que aboliram a semiótica?
ou a Casa anda a tropeçar no próprio léxico?
vivemos bons momentos —
em 2007 a linguagem ensaiava voo,
e em 2009, foi apoteose:
poetas fermentados,
versos em erupção,
o incêndio do verbo em estado febril.
e agora... que isso?!
achismo virou hermenêutica,
e a dúvida — que antes era método —
agora é espuma de opinião.
uma palavra queimada vira revelação,
e quem escreve com bisturi
é confundido com quem grita por socorro.
não, amor.
não é trauma —
é estilo.
não é dor —
é código.
mas não espero que compreendam.
quem nunca leu um texto com a espinha dorsal,
não reconhecerá
quando a poesia
for uma arma branca
que caminha de salto alto
pelo silêncio.
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