"Aprendeu a caminhar?"
Ou talvez sempre tenha atravessado,
mas só agora decides vê-la.
E assim, a sombra atravessa.
Como quem tateia o limite do impossível,
teus dedos, se hesitassem,
deslizariam entre o ir e o ficar.
Minhas mãos, se quisessem,
forjariam abraços sem toque.
A mesa? Apenas um hiato
entre o gesto e a ausência.
Mas há um instante em que algo desliza,
e não há madeira que o sustente.
Poças de silêncio que nunca secam,
todas as sombras são ecos sequestrados.
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