Não vou.
Fico, aqui, onde o chão ainda estala,
onde os muros sussurram segredos
que ninguém mais ouve.
Não vou.
Ainda quero sentir o peso das minhas raízes,
saber até onde o silêncio suporta
o meu próprio nome.
Tu vais...
Não vou.
Porque o abismo pode esperar,
porque há um voo que só se faz parado,
em queda lenta,
como uma folha que se recusa a tocar o chão.
E quando tudo se esgota,
é na imobilidade que se encontram
os pontos que o tempo tenta apagar.
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